Fundação Rockefeller anuncia investimento de US$ 5,4 milhões em agricultura regenerativa para a alimentação escolar
Durante a COP30, em Belém, a Fundação Rockefeller anunciou um investimento de US$ 5,4 milhões destinado a 12 organizações brasileiras e internacionais com o objetivo de fortalecer ecossistemas agroecológicos e regenerativos vinculados ao programa de alimentação escolar no país.

Por Reinaldo Canto* -
A iniciativa pretende unir duas agendas essenciais — a segurança alimentar e a transição para sistemas agrícolas sustentáveis — apostando na agricultura regenerativa como caminho para melhorar a biodiversidade, a saúde dos solos e o sustento de pequenos produtores.
Entre as instituições que receberão os recursos estão o Instituto Comida do Amanhã, o Instituto Clima e Sociedade (ICS), a Digital Green, o Instituto Arapyaú, o Centro de Apoio à Faculdade de Saúde Pública (Ceap), o Welight Institute of Socio-Environmental Innovation (IWIS) – responsável pelo Projeto Amana, a Fundação Ambition Loop, o Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD), a Global Alliance for the Future of Food (por meio da Panorama Global), o Transformational Investing in Food Systems (TIFS) – ligado à EarthShare – e a GDI Solutions.

Mais do que um simples aporte financeiro, o anúncio reforça um movimento estratégico de transformação no campo e nas escolas, fortalecendo práticas agrícolas que cuidam da terra e da saúde das comunidades. O foco é apoiar a produção local e sustentável de alimentos para o programa nacional de merenda escolar, gerando impacto direto na alimentação de milhões de crianças e na economia de pequenas propriedades rurais.
“Ao conectar agricultura regenerativa com alimentação escolar, criamos um ciclo virtuoso: o campo se fortalece, as escolas se tornam agentes de transformação e o país avança rumo a um sistema alimentar mais justo e sustentável”, destacaram representantes da Fundação Rockefeller durante o anúncio.
Com essa iniciativa, a Fundação sinaliza que alimentar bem e regenerar o solo são faces de uma mesma moeda — uma visão que se alinha com os debates da COP30 sobre justiça climática, segurança alimentar e o papel das economias locais na transição ecológica.
Num país onde a agricultura familiar responde por grande parte dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros, apoiar práticas regenerativas significa investir em futuro, não apenas em produção. E, ao fazer isso a partir das escolas, o impacto se multiplica: crianças mais bem nutridas, agricultores mais valorizados e um solo mais vivo — exatamente o tipo de ciclo que o mundo precisa ver florescer.
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