Operários de estádios para Copa 2014 recebem assistência contra hepatite C

Os casos positivos são encaminhados para tratamento gratuito. Foto: Gov/Ba

 

Uma iniciativa está fazendo testes de Hepatite C nos trabalhadores dos estádios em construção para a Copa 2014. O projeto tenta dar visibilidade ao vírus que ataca o fígado, e atinge cerca de 3 milhões de brasileiros. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Hepatite C mata 1 milhão no mundo a cada ano.

A iniciativa é da ONG “C tem que saber C tem que curar,” presidida pelo jornalista Francisco Martucci. “Todos os operários que estão construindo os 12 estádios que vão sediar o Mundial de 2014 no Brasil, de livre e espontânea vontade fazem o seu cadastramento antecipado dizendo a sua intenção de serem testados. O nosso foco, objetivo, é testar o grupo de risco da Hepatite C, mas aquelas pessoas que não têm fator de risco e que no entanto, mesmo assim, desejam ser testadas, a gente faz a aplicação, durante a campanha, do teste rápido”, explicou à Rádio ONU.

Segundo o jornalista, a detecção precoce é um elemento importante na luta contra a doença. Ele afirma que o exame é rápido e o resultado, imediato. Os casos positivos são encaminhados para tratamento gratuito.

Doença Silenciosa

Martucci fundou a ONG após sua batalha pessoal contra a doença, que na maioria das vezes passa desapercebida, mas tem uma prevalência cinco vezes maior que o HIV.

“Lutamos pelos portadores de Hepatite C, uma doença que ataca em torno de 3 milhões de brasileiros, que faz 12 óbitos por dia, que não apresenta sintomas, e por conta disso a detecção tardia sempre é a causa da morte dessas 12 pessoas. Morte precoce, as pessoas falecem em torno de 50, 55 anos, por conta das complicações da Hepatite C.”

Cinco estádios em construção já foram testados na segunda metade de 2012, e o próximo evento está marcado para o Maracanã, neste dia 23, no Rio de Janeiro. A OMS aponta que a doença atinge 170 milhões no mundo, e o país com maior incidência é o Egito, onde 15% da população é afetada.

* Publicado originalmente no site EcoD.