Por Leno F. Silva – 

Fico muito feliz quando o “destino” me coloca frente a frente com queridos amigos.

Nas últimas semanas encontrei amigos em lugares distintos da cidade. Em situações não planejadas, e algumas delas por desvios de rotas, as quais demonstram que vivemos em conexão com os amigos e com o universo.

Menciono apenas dois exemplos. Participei na sexta-feira passada de uma reunião agendada há muito tempo. No meio da conversa, vi um envelope de uma agência de propaganda sob a mesa, cuja diretora de atendimento, recentemente, falei por telefone. Ficamos de marcar um horário para discutir um novo projeto, mas em função da correria, não retomei o contato.

Para minha surpresa em poucos segundos ela adentra a sala para conversar com a mesma profissional com a qual eu estava. Quis o destino que aquele era o melhor lugar para nos conhecermos. O nosso papo continua pendente, mas esse acaso nos ofereceu um indício de que no breve futuro poderemos fazer negócios positivos ou, no mínimo, divagarmos sobre as teorias energéticas que nos aproximaram.

Já no sábado caminhava pela Paulista quando decidi mudar o trajeto e seguir até a Consolação. A temperatura estava fria e o céu cinza. Ao virar à direita, um pouco antes do Cine Caixa Belas Artes, encontrei uma ex-colega de trabalho. Há dois anos, quando descobrimos que morávamos no mesmo bairro, marcamos um café pelo Facebook que nunca se concretizou.

Rimos da nossa incapacidade de cumprir o que nos comprometemos e decidimos numa conversa de 10 minutos que em breve sentaremos para colocar os assuntos da vida em dia. Como prêmio de consolação ela me recomendou uma padaria em Santa Cecília que faz um café de coador sensacional. Sem perda de tempo o experimentei no domingo de manhã e comprovei o sabor: divino.

Abastecido pelo cafezinho puro, caminhei até o Parque da Água Branca e chegando á pracinha ao lado da feira de orgânicos deparei-me com uma amiga querida que mora na Mooca, o seu filho e a sua nora. Sentei-me na mesa com eles, celebramos a nossa sintonia e, para não perder a oportunidade, falamos de trabalho.

Mais um episódio. Na sexta-feira à noite, retornando pela Paulista depois de uma reunião, encontrei uma amiga. Ela disse que eu era a terceira pessoa próxima com a qual ela cruzava por ali num curto espaço de tempo. Pelo jeito essa história de encontro não é só comigo. E olha que eu não acredito em Duende, mas fico muito feliz quando o “destino” me coloca frente a frente com queridos amigos. Por aqui, fico. Até o próximo encontro. Com quem será? (#Envolverde)

* Leno F. Silva escreve semanalmente para Envolverde. É sócio-diretor da LENOorb – Negócios para um mundo em transformação e conselheiro do Museu Afro Brasil. É diretor do IBD – Instituto Brasileiro da Diversidade, membro-fundador da Abraps – Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade, e da Kultafro – rede de empreendedores, artistas e produtores de cultura negra. Foi diretor executivo de sustentabilidade da ANEFAC – Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. Editou 60 Impressões da Terça, 2003, Editora Porto Calendário e 93 Impressões da Terça, 2005, Editora Peirópolis, livros de crônicas.