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Boletim Envolverde - Último Final de Semana da COP30 - 23/11

Essa iniciativa é fruto de um ano de articulação liderada por InfoAmazonia, Colabora, ENVOLVERDE, Agência Eco Nordeste, O Eco - Jornalismo Ambiental, Amazônia Vox, Associação de Jornalismo Digital - Ajor e Open Knowledge Brasil. Através do site da Envolverde os leitores têm acesso à cobertura jornalística da COP30 realizada por dezenas de meios de jornalismo independentes que se aliaram ao Projeto Cobertura Colaborativa da Casa do Jornalismo Socioambiental. 𝗨𝗺 𝗼𝗹𝗵𝗮𝗿 𝗽𝗹𝘂𝗿𝗮𝗹 𝘀𝗼𝗯𝗿𝗲 𝗮 𝗖𝗢𝗣𝟯𝟬.

Atualizado em 24/11/2025 às 09:11, por Redação Envolverde.

O ÚLTIMO DIA DA COP DA AMAZÔNIA

COP30 - 23 de novembro

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𝗨𝗺 𝗼𝗹𝗵𝗮𝗿 𝗽𝗹𝘂𝗿𝗮𝗹 𝘀𝗼𝗯𝗿𝗲 𝗮 𝗖𝗢𝗣𝟯𝟬.


 

Atuação colaborativa e restauração: Suzano apresenta resultados na COP30

por Reinaldo Canto - 
A participação da gigante brasileira Suzano na COP30, antes mesmo de sua Vice-presidente executiva de Sustentabilidade, Comunicação e Marca), Malu Paiva, abrir a fala no painel “Land restoration for climate: private sector progress and solutions“, já demonstrava seu novo status. Apresentada por líderes globais como uma das primeiras companhias apoiadoras da agenda de ação climática real, a executiva reforçou a posição da Suzano no seleto grupo de corporações que priorizam métodos, métricas, escala e resultados concretos em detrimento de meros anúncios de compromisso.

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Esta reportagem foi produzido por Envolverde, por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original em: 

https://envolverde.com.br/noticia/atuacao-colaborativa-e-restauracao-suzano-apresenta-resultados-na-cop30 


 

Pesquisadoras alertam sobre ações urgentes para frear desmatamento e reforço da restauração na Amazônia

Texto de Anderson Araújo. Revisão Carla Fischer.

A pesquisadora da Universidade de Oxford, Aline Soterroni, usa modelos matemáticos para prever cenários sobre a Amazônia e alerta que, se nada for feito, o Brasil pode perder mais de 60 milhões de hectares de desmatamento nas próximas décadas. O dado faz parte de estudos de modelagem de cenários ambientais apresentados por ela durante o painel “Como conciliar Agricultura, Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos”, na Agri Zone da COP 30, nesta quinta-feira (20/11).

Soterroni explicou que os chamados cenários de linha de base, que simulam o futuro mantendo a lógica atual de produção, apontam o risco de continuidade do desmatamento. Além da perda de espécies e de equilíbrio climático, esse processo também amplia as emissões de gases de efeito estufa, tornando o desmatamento uma das principais fontes de emissões do país.

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Esta reportagem foi produzida por Amazônia Vox, por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original em https://www.amazoniavox.com/noticias/view/550/pesquisadoras_alertam_sobre_acoes_urgentes_para_frear_desmatamento_e_reforco_da_restauracao_na_amazonia 

Com apenas oito credenciais na COP30, quilombolas pedem titulação dos territórios para garantir justiça climática

Por Jullie Pereira 

As populações quilombolas criaram seus próprios espaços na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), onde discutiram financiamento, titulação e os impactos dos eventos extremos sobre mulheres, jovens e crianças. A Coordenação Nacional das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) recebeu apenas oito credenciais para a Zona Azul, quatro de party overflow e quatro de imprensa. Mesmo com o acesso restrito ao espaço das negociações, o movimento esteve na Zona Verde e ocupou pontos centrais de Belém, como o Museu das Amazônias.

O principal objetivo é conseguir que as titulações dos territórios quilombolas sejam reconhecidas como uma política climática para redução dos gases de efeito estufa no mundo.

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Esta reportagem foi produzida por InfoAmazonia, por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original aqui.

O desafio de pequenos empreendedores de Belém de se afastar do plástico

Texto de Alice Martins Morais. Revisão Carla Fischer

A poluição plástica, embora fora da pauta formal de negociações da COP30, está presente no cotidiano da Amazônia. Nos rios, nas florestas e no cotidiano das cidades, há evidências de contaminação em peixes, aves, sedimentos, plantas e até na água consumida por populações tradicionais. Apesar da gravidade do cenário, livrar-se do plástico continua sendo uma tarefa difícil, sobretudo para quem tenta empreender na região.

Danielle Amaral, engenheira de alimentos e fundadora da marca local de maquiagem vegana Tekohá, viveu isso na prática. Quando criou a empresa, em 2023, tinha como diretriz desenvolver produtos e embalagens livres de plástico, mas esbarrou em dificuldades de preços elevados, logística cara e fornecedores escassos.

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Esta reportagem foi produzida por Amazônia Vox, por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original em https://www.amazoniavox.com/noticias/view/534/o_desafio_de_pequenos_empreendedores_de_belem_de_se_afastar_do_plastico 

“O futuro de um país inteiro depende desses tipos de resultados”, ressalta representante do Tuvalu

Texto: Alice Martins Morais. Edição: Natália Mello.

Passado o incêndio desta quinta-feira (20) na Blue Zone, as negociações foram retomadas e o último dia oficial da COP30 começou mais cedo, para tentar acelerar os processos. Novos textos já foram publicados durante a madrugada desta sexta-feira, inclusive. A pressa é justificada: a emergência climática já é realidade e há países insulares que correm um sério risco de desaparecer em um futuro breve por conta do aumento do nível do mar. 

Vanuatu, por exemplo, localizado no meio do Oceano Pacífico, é um dos países mais vulneráveis a desastres naturais do mundo. O país é formado por mais de 80 ilhas e está situado a quase 2.000 km a leste da Austrália.

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Esta reportagem foi produzida por Amazônia Vox, por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original em https://www.amazoniavox.com/noticias/view/541/o_futuro_de_um_pais_inteiro_depende_desses_tipos_de_resultados_ressalta_representante_do_tuvalu 

Equador: longe da transição dos combustíveis fósseis e a caminho dos mercados de carbono 

Texto de Isabel Alarcón. Edição Ricardo Garcia.

O Equador é um dos três países da Bacia Amazônica que, até esta sexta-feira, 21 de novembro, não apoia a criação de um roteiro para estabelecer prazos claros para alcançar uma transição para longe dos combustíveis fósseis. Perto do fim da conferência climática da ONU em Belém, 84 países já haviam aderido à proposta. O Brasil, proponente da iniciativa, a Colômbia, o Peru, a Guiana e o Suriname são os países amazônicos que fazem parte desse grupo. 

“No final das contas, devemos aceitar como país, que essas atividades fazem parte da nossa estrutura econômica. Não foi dito que vamos abandoná-las, mas sim conseguir que essas atividades se transformem em algo mais verde e sustentável e mais compatível com o meio ambiente e as comunidades”, disse Daniela Limongi, vice-ministra do Meio Ambiente e Marinha Costeira do Equador, ao ser questionada sobre a ausência de seu país nesta lista. 

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Esta reportagem foi produzida por Amazônia Vox, por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original em https://www.amazoniavox.com/noticias/view/551/equador_longe_da_transicao_dos_combustiveis_fosseis_e_a_caminho_dos_mercados_de_carbono?src=hh 

"Não estamos pedindo um documento vazio ou um anúncio vazio", diz ministra da Colômbia sobre Decisão Mutirão

Texto de Isabel Alarcón. Edição de Natália Mello. Revisão Ricardo Garcia. 

Em uma sala de imprensa lotada e sob os aplausos e gritos de parte dos presentes, Irene Vélez, ministra do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Colômbia, apresentou a Declaração de Belém nesta sexta-feira (21), que busca um roteiro “que nos guie, não simbolicamente, mas concretamente, para eliminar os combustíveis fósseis”. A convocação foi feita após ter sido retirado do esboço da principal decisão da COP30 a proposta de criação de um plano de transição para a eliminação gradual do uso de combustíveis fósseis.

Vélez pediu aos que a apoiam nessa iniciativa que se aproximassem e a acompanhassem durante o anúncio. Ao seu lado e atrás dela estavam representantes de países como Holanda, Vanuatu, Luxemburgo, Chile, Eslovênia, Ilhas Marshall e Panamá. 

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Esta reportagem foi produzida por Amazônia Vox, por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original em  https://www.amazoniavox.com/noticias/view/545/nao_estamos_pedindo_um_documento_vazio_ou_um_anuncio_vazio_diz_ministra_da_colombia_sobre_decisao_mutirao?src=hh 


 

Na COP30, Sonia Guajajara anuncia maior avanço territorial indígena em décadas e reforça: “Demarcar é fazer justiça climática”

Por Cecilia Amorim 

Durante painel na COP30, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, apresentou um panorama inédito sobre a retomada da política de demarcação no Brasil e reforçou a centralidade dos territórios indígenas no enfrentamento da crise climática. Em sua fala, ela destacou o avanço recente do governo Lula, após anos de paralisação das demarcações durante o governo Bolsonaro, e apontou que a COP30 marca a maior participação indígena da história das conferências do clima.

A ministra relembrou que desde a Eco-92, realizada no Brasil, o mundo reconheceu o papel dos povos indígenas na proteção ambiental,  foi ali que o debate climático ganhou força global e que o mundo voltou os olhos para os territórios indígenas e para a urgência de proteger a Amazônia.

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Esta reportagem foi produzida por Carta Amazônia, por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original em https://cartaamazonia.com.br/na-cop30-sonia-guajajara-anuncia-maior-avanco-territorial-indigena-em-decadas-e-reforca-demarcar-e-fazer-justica-climatica/ 

Florestas podem ajudar Brasil a antecipar net zero, aponta estudo

Texto de Julia Ladeira. Edição Carla Fischer. Revisão Samantha Mendes.
 

O Brasil pode zerar suas emissões de CO₂ já em 2040, se conseguir eliminar o desmatamento até 2030, ampliar o reflorestamento e a restauração de áreas degradadas e incentivar a agricultura regenerativa. Esse é um dos cenários do estudo Brazil Net-Zero by 2040, idealizado pelo Instituto Amazônia 4.0 e financiado pela Sequoia Foundation e pela Rockefeller Brothers Foundation, que propõe caminhos para substituir combustíveis fósseis. Entre os cientistas que coordenaram o trabalho está a pesquisadora amazônida Nathália Nascimento.

A pesquisadora explica que o objetivo da iniciativa é demonstrar que o Brasil pode atingir a neutralidade de gases de efeito estufa (GEE) uma década antes da meta atual. “Nós temos setores chaves que podem contribuir para que isso aconteça. 

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Esta reportagem foi produzida por Amazônia Vox, por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original em https://www.amazoniavox.com/noticias/view/542/florestas_podem_ajudar_brasil_a_antecipar_net_zero_aponta_estudo?src=hh 

‘Um reset do capitalismo, não uma transição climática’, alerta cientista Marcela Vecchione sobre o mercado de carbono na COP30

As negociações em Belém, durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), avançaram no ponto que trata da compensação das emissões de gases do efeito estufa (GEE) entre países. Enquanto outras frentes, como o financiamento climático e a eliminação gradual dos combustíveis fósseis, seguem travadas, o debate em torno do Artigo 6 do Acordo de Paris, que trata da regulamentação do mercado de carbono, evoluiu com relativa tranquilidade.

O mecanismo previsto pelo Artigo 6 permite que países com “saldo positivo” de carbono comercializem créditos com aqueles que mais emitem, para que todos possam cumprir suas  metas das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês), apresentadas à Organização das Nações Unidas (ONU) para mitigação dos gases de efeito estufa.

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Esta reportagem foi produzida por InfoAmazonia, por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original em https://infoamazonia.org/2025/11/21/um-reset-do-capitalismo-nao-uma-transicao-climatica-alerta-cientista-marcela-vecchione-sobre-o-mercado-de-carbono-na-cop30/

Rascunho sobre transição energética avança em direitos indígenas e afrodescendentes, mas retira impacto de minerais críticos

Por Jullie Pereira

O texto do Programa de Transição Energética Justa chegou até esta sexta-feira (21) mantendo os direitos de consulta e garantia de participação ampla de povos indígenas e afrodescendentes nos novos modelos de economia de baixo carbono, que devem ser desenvolvidos pelos 195 países signatários do Acordo de Paris. Apesar disso, lideranças alertam para alterações que excluem o risco associado à exploração de minerais críticos. O texto ainda pode ser alterado porque os trabalhos de negociações não foram oficialmente concluídos.

Esse texto foi criado em 2022, na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), no Egito, mas se é a primeira vez que os direitos dos povos afrodescendentes são considerados. Eles foram incluídos ainda nas discussões preliminares de junho, quando ocorreu a Conferência de Bonn sobre Mudanças Climáticas, e continuaram incluídos no documento consolidado na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). 

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Esta reportagem foi produzida por InfoAmazonia, por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original aqui.

 

André Corrêa do Lago: 'roadmap' será iniciativa da presidência da COP e existe acordo sobre financiamento

Autores: Alice Martins Morais e Daniel Nardin. 

Edição: Natália Mello

Em entrevista exclusiva ao Amazônia Vox, o presidente da COP30 André Corrêa do Lago adiantou que o mapa do caminho para longe dos combustíveis fósseis, pedido por Lula ainda na Cúpula dos Líderes e endossado por mais de 80 países, ficou de fora do documento final da COP30. Segundo Lago, essa proposta não foi perdida, mas será apresentada à parte pelo Brasil, que deve ser trabalhada nos próximos meses, em paralelo.

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Esta reportagem foi produzida por Amazônia Vox, por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original em: https://www.amazoniavox.com/noticias/view/556/Ultimas_horas_de_cop30_roadmap_fica_fora_mas_ha_avancos_em_financiamento_e_adaptacao?src=hh 

 

 ((o))eco: Mapa para fins dos fosseis fica de fora do eixo final da COP30

POR Cristiane Prizibisczki 

A demanda de cerca de 80 países desenvolvidos e em desenvolvimento pelo fim do uso de combustíveis fósseis – maior causador das mudanças climáticas – ficou de fora do texto final da 30ª Conferência do Clima da ONU, em seus momentos finais até a tarde deste sábado (22), após duas semanas intensas de discussões e reviravoltas. Uma iniciativa voluntária da presidência brasileira, no entanto, coloca o mundo um passo mais próximo ao fim da era dos combustíveis fósseis.

Mesmo após negociações que vararam a madrugada de sexta para sábado, o grupo que se opunha à menção do fim dos fósseis no texto final da COP30 – liderado pela Arábia Saudita e suas aliadas, além da Rússia – ganhou a batalha. 

Como alternativa à ausência do mapa no texto negocial, o embaixador André Corrêa do Lago, durante plenária final da COP30, disse que vai “criar dois roteiros”, um sobre deter e reverter o desmatamento, e outro sobre a transição para longe dos fósseis de maneira justa, ordenada e equitativa. 

“Sabemos que alguns de vocês têm ambições maiores para alguns dos temas em discussão.  Eu sei que a juventude e a sociedade civil vão exigir que façamos mais para combater a mudança do clima. Quero reafirmar que tentarei não decepcioná-los durante a minha presidência”, disse, ao anunciar a iniciativa voluntária.

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Esta reportagem foi produzida por ((o))eco, por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original em: 

https://oeco.org.br/reportagens/mapa-para-fins-dos-fosseis-fica-de-fora-do-texto-final-da-cop-30/


((o))eco: COP entrega pouco, mantém ameaça de colapso climático e colhe críticas globais

por Aldem Bourscheit 

Belém (PA) – Sem menções no texto oficial à eliminação dos combustíveis fósseis e do desmatamento – as duas maiores fontes globais de emissões – ou a de onde virá todo o dinheiro necessário para conter a crise do clima, a COP30 se tornou alvo de críticas, especialmente da sociedade civil internacional.
Para a diretora executiva do Greenpeace Brasil, Carolina Pasquali, alguns países seguem não tratando urgência como urgência ou crise como crise.
“A COP da Verdade revelou as verdades que, infelizmente, já sabemos: o lobby dos fósseis, dos gigantes do agro e de outros setores que seguem lucrando com a nossa destruição tem sido bem-sucedido em segurar avanços e embaralhar o jogo”, disse.
Diretor para a América Latina e o Caribe da ong 350.org, Ilan Zugman, reforçou que a falta de compromissos concretos no texto final da COP30 mostra quem continua se beneficiando do atraso. “É a indústria de combustíveis fósseis e os ultramilionários, não aqueles que vivem a crise climática dia após dia”. 

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Esta reportagem foi produzida por ((o))eco, por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original em: 

https://oeco.org.br/reportagens/cop-entrega-pouco-mantem-ameaca-de-colapso-climatico-e-colhe-criticas-globais/ 

 

((o))eco: Eletrificar transportes e indústria pode reduzir até 18% das emissões brasileiras, aponta estudo

por Elizabeth Oliveira 

Belém (PA) – A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP30) estava sendo oficialmente aberta, em 10 de novembro, na capital paraense, quando ainda repercutiam notícias de tornados que atingiram simultaneamente, no fim de semana anterior, cidades do Paraná e Santa Catarina. O município paranaense de Rio Bonito do Iguaçu teve cerca de 90% dos seus imóveis destruídos. O exemplo dessa tragédia que causou sete mortes, deixou mais de 400 pessoas feridas e provocou inúmeros prejuízos materiais foi lembrado durante debates promovidos pela Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), quando executivos e convidados dialogam sobre o estudo Coalizão do Setor Elétrico: Energia Limpa, Competitiva e Resiliente para Transformar o Brasil. Dentre outros resultados, esse levantamento indicou que o Brasil pode reduzir em até 18% suas emissões líquidas de gases de efeito estufa com a eletrificação de setores como os de transporte e indústria.

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Esta reportagem foi produzida por ((oeco)), por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original em https://oeco.org.br/noticias/eletrificar-transportes-e-industria-pode-reduzir-ate-18-das-emissoes-brasileiras-aponta-estudo/

 

((o))eco: COP30: Da Tanzânia para Belém, a ativista climática de 11 anos que o mundo precisa conhecer

por Elizabeth Oliveira

Belém (PA) – Os adultos que estão paralisados nas suas zonas de conforto, considerando que não têm nada a fazer para enfrentar a crise climática, ou mesmo ignorando as suas consequências, precisam conhecer Georgina Magesa, ativista climática de 11 anos que está participando da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP30) na capital paraense. Aos nove anos, apoiada pela mãe, a educadora Mary Bwahama, ela criou a Georgina Foundation para atuar mais fortemente com ações educativas na Tanzânia, seu país de origem. Mas as portas do mundo já se abriram para ampliar os horizontes dessa menina idealista. A mensagem “As crianças são parte da solução”, estampada num adesivo na capa de seu IPad, reflete exatamente o que mãe e filha acreditam quando o tema envolve essa agenda desafiadora. Ambas afirmam que estão dispostas a mobilizar esforços pelo futuro da infância.

Embora o engajamento de Georgina sobre a necessidade de enfrentamento da crise climática protegendo crianças e jovens tenha começado antes do registro oficial da fundação, foi nos últimos dois anos que ela e sua mãe começaram a ampliar a participação nos debates internacionais sobre o tema. Assim, pelo segundo ano consecutivo elas estão participando de uma COP do Clima. A primeira experiência foi no ano passado, na COP29, realizada em Baku (Azerbaijão). Em Belém, ambas se dizem impressionadas com a mobilização da sociedade, com a receptividade da população da cidade e com as discussões  que vêm se desenrolando desde o dia 11. A programação oficial está marcada para encerrar nesta sexta-feira (21). 

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Esta reportagem foi produzida por ((oeco)), por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original em https://oeco.org.br/reportagens/cop30-da-tanzania-para-belem-a-ativista-climatica-de-11-anos-que-o-mundo-precisa-conhecer/ 

 

Agência Pública: COP30 acaba sem mapa para fim de fósseis, avança em adaptação, transição justa e indígenas

por Giovana Girardi e Isabel Seta

A 30ª Conferência do Clima da ONU, a COP30, em Belém, terminou neste sábado, 22 de novembro, com um pacote de decisões sobre temas importantes para a luta contra a crise climática, como objetivos de adaptação e um mecanismo para transição justa, além de avanços inéditos para povos indígenas e afrodescendentes. No entanto, a conferência acabou sem conseguir trazer respostas imediatas para o tema que mais travou os debates nos últimos dias: a ideia de um mapa do caminho que pudesse nos conduzir para longe dos combustíveis fósseis

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, principal fiadora desta proposta ao longo de todo ano, afirmou, ao final do plenária de encerramento da COP: “Em que pese ainda não ter sido possível o consenso para que esse fundamental chamado entrasse nas decisões desta COP30, tenho certeza de que o apoio que recebeu de muitas partes e da sociedade fortalece o compromisso da atual presidência de se dedicar para elaborar dois mapas do caminho.”

“Enfim, progredimos, ainda que modestamente”, disse Marina. “Ainda estamos aqui! E seguimos persistindo no compromisso de empreender a jornada necessária para superar nossas diferenças e contradições no urgente enfrentamento da mudança do clima.”

Sem uma solução dentro do processo negociador da Convenção do Clima da ONU (UNFCCC), o presidente da COP, embaixador André Corrêa do Lago, se comprometeu a conduzir, por conta própria, uma discussão no ano que vem sobre mapas do caminho tanto para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis quanto para zerar o desmatamento no mundo. Mas esse será um processo paralelo, conduzido por ele  – e não conta como uma medida que todos os países se comprometem.

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Esta reportagem foi produzida por Agência Pública  por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original em https://apublica.org/2025/11/cop30-acaba-sem-mapa-para-fim-de-fosseis-avanca-em-adaptacao-transicao-justa-e-indigenas/ 

 

InfoAmazonia: Em conquista histórica, afrodescendentes e consulta prévia indígena são incluídos pela primeira vez na conferência do clima da ONU

por Jullie Pereira

Pela primeira vez desde o início das Conferências das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP’s), populações afrodescendentes são incluídas no Programa de Transição Energética Justa, aprovado neste sábado (22). O documento também cita direitos territoriais, a consulta prévia, livre e informada, além de reconhecer os povos indígenas isolados.

“Isso foi uma grande vitória em relação ao texto de transição. A transição justa é você considerar as populações mais vulnerabilizadas. Amarrar isso desde aqui, que é quando isso foi aprovado, é importante, porque a gente vai continuar debatendo e chegar a outras decisões nas próximas COPs, já a partir desse pressuposto, que é o pressuposto certo”, diz Ciro Brito, analista de Políticas Climáticas no Instituto Socioambiental (ISA). 

O texto da COP30 defende “uma participação ampla e significativa envolvendo todas as partes interessadas relevantes, incluindo trabalhadores afetados pelas transições, trabalhadores informais, pessoas em situações de vulnerabilidade, Povos Indígenas, comunidades locais, migrantes e pessoas deslocadas internamente, pessoas de ascendência africana, mulheres, crianças, jovens, pessoas idosas e pessoas com deficiência, para viabilizar trajetórias de transição justa eficazes, inclusivas e participativas”. 

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Esta reportagem foi produzida por InfoAmazonia por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original em: https://infoamazonia.org/2025/11/22/conquista-historica-afrodescendentes-consulta-previa-indigena-conferencia-clima-onu/


 

Expediente

Editor: Dal Marcondes
Repórter: Reinaldo Canto
Produção: Paolla Yoshie
Arte: Ana Maria Vasconcellos
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