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Destruição de templo é crime de guerra

Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, 27/8/2015 – Durante 2.500 anos as ruínas do templo de Palmira, na Síria, foram uma lembrança dos que viveram antes de nós, de suas civilizações e seus valores. Mas já não existe. Em um ato sem precedentes no Oriente Médio, o templo Baal, segundo em importância do lugar, foi destruído pelo Daesh (acrônimo árabe para Estado Islâmico), diz o jornal The Gulf News, dos Emirados Árabes Unidos.

Suas antigas colunas ficaram reduzidas a escombros, suas estruturas ruíram em um ato que dificilmente se pode compreende, destacou o jornal. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e todo o fórum mundial estão rotulando a destruição como crime de guerra e crime contra a humanidade. “É as duas coisas, além de um crime contra a história”, ressaltou o jornal emiratense.

Apesar de toda agitação vivida na região ao longo dos séculos, romanos, persas, babilônios, cruzados, franceses, britânicos, otomanos, alemães e vários impérios e reinos que vieram e foram perdidos na noite dos tempos, as colunas se mantiveram em pé.

“Daesh, a maldição de nosso tempo, um mal retorcido e impulsionado pela perversão ideológica, as reduziu a escombros. Sim, nos tornamos quase imunes a esses terroristas e sua sede de sangue sem fim, sua crueldade para mutilar, torturar, decapitar e matar. Mas, quando tudo terminar, os que influíram e encabeçaram o caminho da destruição serão submetidos à justiça”, concluiu o The Gulf News. Envolverde/IPS