Jornalistas ambientas abrem Congresso em São Paulo

Dal Marcondes
Dal Marcondes, diretor executivo da Envolverde, responsável pela organização do Congresso.

Por Sílvia Franz Marcuzzo e Rachel Añón – 

Eles estão nos mais diferentes lugares do Brasil. De norte a sul. Pelo rádio, pelo impresso, pelas mídias sociais ou em algum espaço recém descoberto neste mundo que a redação ganhou outros contornos, mas que precisa, mais do que nunca, de bons jornalistas. E de jornalistas que entendam as complexidades que a pauta socioambiental exige.

É neste clima que a Rede Brasileira de Jornalistas Ambientais (RBJA) abriu oficialmente o IV Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental na noite desta terça-feira, dia 20 de outubro, no SESC Vila Mariana, em São Paulo. Cerca de 500 profissionais e estudantes estão inscritos no evento que debaterá assuntos que estão em pauta, entre eles a cobertura com relação às mudanças climáticas, onde estão inseridas as coberturas tanto de seca no Sudeste e Nordeste, quanto as enchentes do Sul do país.

Dal Marcondes, organizador deste congresso e de outros dois, realizados em Santos e Rio de Janeiro, destacou a importância do tema do evento “Mundo em Transição”.  Salientou o reconhecimento da área que recebeu dois Prêmios Esso este ano, com reportagens de cunho socioambiental.

Danilo Santos de Miranda, diretor do departamento regional do SESC, ressaltou a relevância da qualidade das informações veiculadas pela grande mídia, em especial com relação a grandes eventos climáticos, conflitos com relação a fronteiras agrícolas e guerras. “Temos menos a comemorar e mais a fazer”, disse, justificando entre os motivos a criação da Reserva Natural do Sesc Bertioga, uma área de 60 hectares de mata de restinga no Litoral Paulista.

Já o vereador de São Paulo Ricardo Young, reforçou o papel fundamental do jornalismo na consolidação de uma economia que considere outras dimensões da sustentabilidade e não apenas “o viés econômico que a grande mídia carrega em seu noticiário”.

Young, que tem ampla experiência em diversos setores, refletiu sobre a complexidade do mundo atual. “A informação nunca foi tão barata e de fácil acesso, mas nunca tivemos algo tão fragmentado”. Ele defende que o jornalismo transmita conhecimento para uma visão sistêmica do atual contexto.

A secretária estadual de Meio Ambiente de São Paulo, Patrícia Iglecias, comentou sobre as ações do governo no enfrentamento dos problemas ambientais e ressaltou: “os jornalistas tem o papel importantíssimo de levar um conteúdo que gere conhecimento”. Ela frisou o quanto a sociedade tem acesso à informação, porém está faltando ao jornalista ser um agente de transformação.

Dal Marcondes encerrou a cerimônia convidando membros da RBJA a darem depoimentos de formas distintas de atuação do fazer jornalismo ambiental. Experiências do Nordeste, Sudeste e Norte foram apresentadas provocando grande interesse do público presente. (#Envolverde)