Honduras: Com café seco ao sol
Venezuela: Área indígena estreia energia eólica
Brasil: Cianobactérias podem produzir biodiesel

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HONDURAS
Com café seco ao sol

Tegucigalpa, 9 de janeiro de 2012 (Terramérica).- Cafeicultores de pequena escala da região hondurenha de Subirana praticam a secagem do café com energia solar para mitigar a contaminação que esse processo produz. Experiências semelhantes são aplicadas na Costa Rica e na Nicarágua.

Algumas técnicas tradicionais para secar o café afetam a natureza, com o uso da lenha, explicou Raúl Raudales, do Instituto Mesoamericano de Desenvolvimento, vinculado à norte-americana Universidade de Massachusetts Lowell, que apoia a iniciativa na Costa Rica e em Honduras.

Neste caso, trata-se da combinação de painéis para coletar energia solar e a utilização de combustíveis orgânicos. A qualidade do café seco dessa forma, segundo especialistas, tem maior valor agregado e permite sua comercialização no mercado europeu a preços melhores, acrescentou Raudales.

As exportações de café geram para Honduras em torno de US$ 1,2 bilhão anuais.

VENEZUELA
Área indígena estreia energia eólica

Caracas, 9 de dezembro de 2012 (Terramérica).- Doze geradores de energia eólica já estão prontos para serem instalados em Alta Guajira, no extremo noroeste da Venezuela, fronteiriço com a Colômbia, no que será a primeira fase do parque de “moinhos de vento” para fornecer eletricidade a cerca de dez mil famílias, em sua maioria da etnia indígena wayúu, que habitam os dois lados da fronteira.

“Com este projeto, que aproveita os ventos de dez metros por segundo, em média, registrados na área, a Venezuela estreia no uso de energia eólica, o que significará a cada ano economia de dezenas de milhares de barris de diesel”, disse ao Terramérica Francisco Quintero, da área de Fontes Alternativas da estatal Corporação Elétrica Nacional.

Os aerogeradores, com postes de 80 metros de altura, foram comprados da empresa argentina Impsa.

Em questão de semanas poderão ser gerados dois megawatts e depois se saltará para 75 megawatts, quando se completar a instalação do parque, cujo custo geral será de US$ 65 milhões.

BRASIL
Cianobactérias podem produzir biodiesel

Rio de Janeiro, 9 de janeiro de 2012 (Terramérica).- Empregar cianobactérias como insumo alternativo para a produção de biodiesel é a proposta de uma pesquisa do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena), da Universidade de São Paulo (USP).

“As cianobactérias são bactérias capazes de fazer fotossíntese e estão entre os organismos vivos mais antigos do planeta. Seu uso na produção de biocombustível é vantajoso por ser uma matéria-prima barata e abundante, que não gera conflito com a questão alimentar”, explicou ao Terramérica a pesquisadora Caroline Pamplona.

Outra vantagem do chamado cianodiesel é sua rentabilidade. “O milho produz 168 litros de óleo por hectare plantado, para transformar em diesel. Os micro-organismos fotossintetizadores podem produzir cerca de 140 mil litros por hectare”, segundo Caroline.

“Os estudos prosseguem e não temos expectativas de conclusão, mas creio que essa fonte pode se converter em grande geradora de energia”, concluiu.

Artigo produzido para o Terramérica, projeto de comunicação dos Programas das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e para o Desenvolvimento (Pnud), realizado pela Inter Press Service (IPS) e distribuído pela Agência Envolverde.