Sociedade

Av. Paulista, a praia de Sampa

Av. Paulista. Foto: Heloisa Ballarini/ SECOM PMSP
Av. Paulista. Foto: Heloisa Ballarini/ SECOM PMSP

Por Leno F. Silva* 

O espaço de lazer e de encontros que se transformou a Av. Paulista, aos domingos, pode ser considerado uma síntese das diversidades nesta metrópole.

Circulei por lá no último domingo por um curto período, no meio da tarde, mas foi possível ver um pouco de tudo. Nas apresentações de música tinha grupos de jazz, forró, rock progressivo, xaxado; intérpretes de Hip-Hop e a cópia de Roberto Carlos vestindo um terno branco e azul, as cores preferidas do “Rei”. Nesse ponto da pista um casal arriscou dançar coladinho.

Em outro trecho meninas se deliciavam com bambolês e outros brincavam de pular corda, como nos tempos em que eu era criança.

A ciclovia e as faixas extras para as magrelas estavam repletas de adeptos, os quais circulavam com segurança e em harmonia com os transeuntes.

Democraticamente nas calçadas ocupadas por “segmentos”, aconteciam atrações já mencionadas, além de reunir dezenas de “barraquinhas” de artesanatos variados, bijuterias, objetos de decoração. Passeando romanticamente, uma garota a fisgar clientes, carregava um tablado com brigadeiros gourmets.

Foto:  André Tambucci / Fotos Públicas
Foto: André Tambucci / Fotos Públicas

Gente de todas as idades, vindos de regiões distintas, se encontrava no espigão-símbolo de Sampa, que recebia seus cidadãos de braços abertos.

Andar de ponta a ponta foi um exercício instigante para ver uma pequena representação da nossa gente, e assistir talentosas performances de artistas em contato direto com o público.

Foi uma delícia circular à vontade pela Paulista, a nossa praia. Voltarei mais vezes e convido você a descobrir essa versão cool de São Paulo. Por aqui, fico. Até a próxima. (#Envolverde)

* Leno F. Silva escreve semanalmente para Envolverde. É sócio-diretor da LENOorb – Negócios para um mundo em transformação e conselheiro do Museu Afro Brasil. É diretor do IBD – Instituto Brasileiro da Diversidade, membro-fundador da Abraps – Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade, e da Kultafro – rede de empreendedores, artistas e produtores de cultura negra. Foi diretor executivo de sustentabilidade da ANEFAC – Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. Editou 60 Impressões da Terça, 2003, Editora Porto Calendário e 93 Impressões da Terça, 2005, Editora Peirópolis, livros de crônicas.