O atual método de aplicação de vacinas, à base de seringa e agulha, gera uma grande quantidade de lixo, além de possuir dificuldades logísticas e alta deterioração do produto, o que torna o custo do sistema alto.
Visando uma melhora de todos esses impasses, o grupo holandês de tecnologia Bioneedle criou um novo método para substituir o tradicional. São os mini-implantes biodegradáveis, que, segundo os criadores, possuem fácil e rápida aplicação, geram menos resíduos, além de um custo-benefício vantajoso.
Reconhecido pela Organização Mundial da Saúde como uma tecnologia médica inovadora, o dispositivo vem previamente preenchido com vacinas em um ambiente termicamente estável. Eles são administrados por aplicação subcutânea e rapidamente absorvidos pelo corpo. Este processo, praticamente indolor, quase não deixa resíduos e permite que um agente de saúde vacine 16 vezes mais pessoas a cada hora do que o método tradicional.
“O Bioneedle é inserido em um paciente utilizando um aplicador ultra portátil. Uma vez por baixo da pele, a agulha se dissolve e libera uma vacina”, afirmaram os criadores.
O projeto ainda está em estágio inicial de desenvolvimento, mas a ideia já ganhou o Prêmio Katerva 2012, auge do reconhecimento de excelência global em sustentabilidade.
Segundo o site da empresa, a missão do Bioneedle é se tornar disponível para todas as pessoas, em todo o mundo. Ao fazer isso, a prática diária de vacinação será mais segura, evitando milhões de infecções com HIV/AIDS, Hepatite B e Hepatite C.
Em um país como o Brasil, com mais de 12 milhões de diabéticos, segundo dados do censo IBGE 2010, essa pode ser uma boa solução para reduzir o grande número de seringas, utilizadas para aplicar insulina, descartadas em lixo doméstico.
* Publicado originalmente no site EcoD.