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O Cafezinho do Brasil

Por Katherine Rivas, da Envolverde – 

Em comemoração aos seus 10 anos de existência, a Nespresso Brasil lança uma nova edição para os apaixonados do produto, com notas de brasilidade. O intuito é fortalecer a tradição cultural inserida no café! 

O “Cafezinho”, nome da edição limitada já está à venda desde o 8 de agosto e permanecerá no Brasil por onze semanas. O produto representa a tradição de algumas famílias e foi inspirado na forma como os brasileiros chamam carinhosamente a bebida. A marca procurou ser sinônimo de boas-vindas e acolhimento.  “Quando chegamos a algum lugar sempre tem alguém que pergunta: aceita um cafezinho? Isso é sinônimo de acolher, um convite para bater um papo. Nós queríamos reunir isso num produto. Fomos atrás de muitos consumidores para entender como é o tal de cafezinho que todos gostamos”, afirmou Claudia Leite, gerente de Coffe Affairs da Nespresso Brasil

O Cafezinho é representado por um café intenso e adocicado. Umblend expresso (40ml) de intensidade 9, na escala de 1 ao 12. Com grãos de arábica do Cerrado mineiro, o aroma levemente frutado da região do sul de Minas e o gosto leve de ervas das regiões de Espírito Santo. Um produto com corpo aveludado e notas de sândalo e noz.

A edição Cafezinho Nespresso veste as cores do Brasil verde e amarelo. Foto: Arquivo Nespresso
A edição Cafezinho Nespresso veste as cores do Brasil verde e amarelo. Foto: Arquivo Nespresso

 

Para o produtor José Ferraz, o cafezinho se traduz em uma felicidade muito grande pelo reconhecimento ao seu trabalho. “O cafezinho é tradição. Em especial da família mineira. Quando você visita uma casa eles sempre oferecem para tomar um cafezinho. Então se a Nespresso me lança uma capsula dessas eu sinto que tem um pedacinho do meu trabalho, da minha região e da minha cidade”, comenta.

Uma xícara de história

Em comemoração ao lançamento do cafezinho, o Museu do Café apresentou ao público a história do produto e sua exportação no país.

Localizado na cidade portuária de Santos o edifício, de estilo eclético, hoje é reconhecido como Patrimônio Nacional. O Museu do Café apresenta um retrato da história desde a era dos barões do café.

A visita ao público inicia com uma degustação de café. Logo é apresentada a sala do Pregão local onde aconteciam as negociações desde 1922.

Com cerca de 70 cadeiras para os corretores, o pregão fechava negócios importantes.Os barões do café ficavam nomezanino e se comunicavam com os corretores por gestões e sinais.

O teto do pregão tem um vitral feito pelo pintor Benedito Calixto em parceria com a Casa Conrado que representa os períodos Colonial, Imperiale Republicano. Conhecido como a Epopeia dos Bandeirantes, o vitral reúne a misticidade e culto a riqueza e a agricultura. Representa também a transição da era do açúcar para a era do café.

Epopeia dos Bandeirantes representa período colonial, imperial e republicano do Brasil
Epopeia dos Bandeirantes representa período colonial, imperial e republicano do Brasil

 

O Museu conta com quadros que apresentam a história do porto de Santos e suas transformações na era do café e salas que mostram o processo de produção e as maquinarias necessárias. Em um andar é possível encontrar murais que relatam a história do café e da sua exportação.O local tem também um espaço dedicado aos testemunhos orais com áudios de antigos produtores, corretores e pessoas dedicadas ao cuidado dos grãos de café.

Diretora executiva do Museu, Marilia Bonas Conte considera importante ir além de oferecer a tradicional história. Para ela é um dever mostrar os verdadeiros protagonistas da plantação e extração “Precisamos ver quem está por trás desta riqueza. Conhecer quem foram as pessoas que participaram da história, desde os escravos até os imigrantes. Tem gente que fica fascinada com o mundo do café mas esquece o valor das mãos que participaram da sua produção” afirma a diretora.

O Museu do Café quer deixar um legado da representatividade brasileira que vai além do futebol. Com exposições e atividades educativas diversas oferece também cursos para baristas.

A cultura do café: o legado do Brasil que vai além do futebol

Há mais de 100 anos a fazenda Junqueira Reis (JR), localizada na cidade Carmo de Minas, se dedica ao cultivo de café como tradição familiar. Especializada na produção dos mais diversos tipos de café gourmet, o negócio que iniciou com os avós, hoje está nas mãos do José Flavio Ferraz que aposta na produção de qualidade. Para ele, a tendência do mercado brasileiro é crescer na demanda do café especial.

A rotina dessa e de outras fazendas começa com a colheita, sinônimo de um novo ciclo do café Em seguida vem a plantação, esperar o café florescer e finalmente dar frutos.  Com os produtos entregues, a próxima colheita da fazenda JR acontecerá só no mês de maio. Para Ferraz produzir café é como cuidar de um filho. “É tudo um preparativo sabe, como se você acabasse de ter um filho e já está gerando outro. Você conclui a colheita e já faz a análise do solo. E tudo isso também tem um cunho social. O café é lavado e essa água não pode ir de volta ao curso dos rios, precisa ser tratada”, relata o produtor.

José Flavio Ferraz na Fazenda Junqueira Reis. Foto: Arquivo pessoal
José Flavio Ferraz na Fazenda Junqueira Reis. Foto: Arquivo pessoal

 

O café tomou uma posição importante na história brasileira desde 1836. Hoje o Brasil é o maior produtor e exportador de café no mundo e o segundo maior consumidor depois dos Estados Unidos. Cerca de 95% dos brasileiros jovens e adultos consomem café.

A produção principal vem das fazendas de Minas Gerais, do Cerrado mineiro, da capital Vitória e também das regiões do Espirito Santo. Minas Gerais é o estado com maior representatividade, responsável pela produção de 40% do café brasileiro.

Segundo dados da Associação Brasileira do café (ABIC) só no período de 2015 -2016 foram exportadas 35 milhões de sacas do produto, com um valor na receita de US$ 5,3 bilhões.

No ano 2016 o café brasileiro foi consumido por 127 países do mundo, sendo Estados Unidos o principal, seguido de Alemanha e Itália. (#Envolverde)