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Edição 2017 do Prêmio Celso Furtado cria categoria especial para o Nordeste

Inscrições para premiação que reconhece estratégias, trabalhos, projetos e ideias inovadoras que contribuam para o desenvolvimento regional vão até o dia 31 de julho. Prêmio contemplará com 15 mil reais e 10 mil reais os trabalhos classificados em primeiro e segundo lugares das seis categorias.

O Prêmio Celso Furtado de Desenvolvimento Regional, que chega à sua 4ª edição em 2017, está com inscrições abertas até o dia 31 de julho. A iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração estimula a reflexão sobre o tema e reconhece trabalhos que apresentem propostas que contribuam para o desenvolvimento regional em todo o país. Uma das novidades deste ano é a inclusão de uma categoria específica para o Nordeste (semiárido).

Além desta categoria, esta edição conta com a inclusão de premiações específicas para a Amazônia e Centro-Oeste (faixa de fronteira). No total, são seis categorias: Produção do Conhecimento Acadêmico; Práticas Exitosas de Produção e Gestão Institucional; Projetos Inovadores para Implantação no Território; Amazônia – Tecnologia e Inovações para o Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia (PRDA); Centro-Oeste – Desenvolvimento para a Faixa de Fronteira; Nordeste – Inovação e Sustentabilidade.

Segundo o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, uma das prioridades do ministério é promover o desenvolvimento das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. “Fazemos isso para reduzir as desigualdades, gerar emprego, renda e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Entre nossas atribuições, está coordenar e implantar a Política Nacional de Desenvolvimento Regional”, afirma.

Público

Podem participar do Prêmio Celso Furtado pesquisadores que possuam ou já tenham possuído vínculo com instituição de ensino superior sediada no país ou no exterior. No entanto, é preciso que o trabalho seja elaborado e inscrito por brasileiro e o objeto de estudo se relacione a um tema ligado à problemática regional brasileira. Também é permitida a participação de autônomos com atividades ligadas à temática de desenvolvimento regional.

O prêmio é direcionado, ainda, para pessoas vinculadas às instituições públicas, privadas, paraestatais, entidades de classe, agências e companhias que promovam o desenvolvimento regional e instituições da sociedade civil vocacionadas ao desenvolvimento regional, como Organizações Não Governamentais (ONGs), Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs), Organizações Sociais (OS), cooperativas, associações, fóruns, consórcios e conselhos.

Para o ministro Helder Barbalho, o Prêmio Celso Furtado é importante porque fomenta a discussão e incentiva a elaboração e a execução de projetos que contribuam com esse desenvolvimento regional. “Nosso objetivo é dar visibilidade a propostas acadêmicas, que podem ser colocadas em prática; associações e cooperativas que atuam com arranjos produtivos locais; especialistas e pesquisadores que trabalham com o tema. Enfim, o Prêmio é voltado a todos que possam ajudar a pensar e implantar ações que ajudem as regiões brasileiras a se desenvolverem cada vez mais, de forma sustentável”, destaca.

Inscrições

Na edição de 2017, o prêmio homenageia o geógrafo Milton Santos, cuja obra traz significativa contribuição ao debate de temas como a globalização, a ideologização da vida social e a construção da noção de território como espaço das relações humanas.

A premiação contemplará com 15 mil reais e 10 mil reais os trabalhos classificados em primeiro e segundo lugares. As inscrições devem ser feitas no site do Ministério da Integração, que promove o prêmio (http://mi.gov.br/premio). Outras informações também podem ser obtidas pelo e-mail [email protected], na página http://mi.gov.br/premio ou pelos telefones 61 20345673/5344.

A realização desta edição do prêmio conta com o patrocínio do Banco do Brasil, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Banco da Amazônia, e Banco do Nordeste (BNB).

Boas práticas

Vencedor na categoria “Práticas Exitosas de Produção e Gestão Institucional” da última edição do Prêmio, realizada em 2014, o projeto Dinamização e Sustentabilidade do Baixo São Francisco foi pensado com o intuito de implementar um modelo integrado de desenvolvimento na região, gerando oportunidades para as famílias de baixa renda, por meio de ações de capacitação e profissionalização.

Criado em 2012, o projeto do o governo do estado de Alagoas contempla 12 municípios de Alagoas, contribuindo para o desenvolvimento da região Nordeste, ao oferecer insumos para a promoção do turismo, estimulando não só as ações diretas, mas as atividades indiretas, como a agricultura familiar, que possui relação com a atividade turística na região. Além de gerar emprego e renda para a população, o projeto proporcionou melhorias e qualidade de vida para as famílias que residem no Baixo São Francisco.

Os resultados foram percebidos por empresas turismo da região e devido a esses resultados foi contemplado na última edição do Prêmio. O operador Robério Gamos, da empresa Farol da Foz Ecoturismo, localizada na cidade de Piaçabuçu (AL), garante que, além de ter aumentado a carteira de serviços, o número de clientes subiu consideravelmente. “O projeto conseguiu integrar os operadores de turismo e os destinos, uma coisa que já pleiteávamos há muito tempo, mas que não era possível devido a questões territoriais e de comunicação”, revela.

Saiba mais

Em 2010, o Ministério da Integração Nacional lançou o Prêmio Nacional de Desenvolvimento Regional, homenageando o economista Celso Furtado, para estimular o processo de discussão e divulgação da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). A partir da segunda edição, o nome do consagrado economista brasileiro foi incorporado permanentemente à denominação do Prêmio que passou a se chamar “Prêmio Celso Furtado de Desenvolvimento Regional”.

Regulamento disponível no endereço http://www.mi.gov.br/web/premio-2016/regulamento